domingo, 5 de junho de 2011

A educação física transformando a vida de crianças da favela.

Educador físico prega projeto pedagógico ligado ao esporte.


Para além de apenas tirar as crianças e adolescentes da rua, o educador físico Leopoldo Katsuki Hirama propõe um tratamento pedagógico ao esporte praticado por pessoas sob coordenação de ONGs e entidades sociais, para que seja contemplado um desenvolvimento integral deste público. Segundo Hirama, é importante que se conheça a realidade das crianças e adolescentes para que os projetos sigam na mesma linha e não seja algo isolado dentro do contexto.
Tornou-se recorrente dizer que o esporte tira as crianças da rua. Com isso, o que observamos são iniciativas que encaram o esporte apenas como recreação ou como atração para outras atividades. Não há um projeto pedagógico ou elementos que caracterizem continuidade. É claro que estes aspectos são importantes, mas o esporte pode ser um fenômeno capaz de oferecer muito mais”, destaca.
O estudo de Hirama, orientado pelo professor Paulo Cesar Montagner e apresentado na Faculdade de Educação Física (FEF), concentrou-se na favela de Heliópolis, na capital paulista, que possui mais de 120 mil habitantes em um quilômetro quadrado. Trata-se de uma das regiões com maior densidade demográfica do Estado de São Paulo e lá, segundo o educador físico, constam vários projetos sociais nas mais variadas categorias.
Para a sua pesquisa, Hirama mudou-se para a favela e permaneceu três anos no local. O próprio educador treinou 30 adolescentes entre meninos e meninas, na modalidade voleibol, que não poderiam mais participar das atividades da entidade por conta de terem completado 14 anos. “Os alunos reivindicaram a conti­nuidade dos treinamentos e também a participação em campeonatos regionais. Eles defendiam não só a continuidade, mas um aprofundamento na dinâmica de abordagem do esporte”, afirma.
Durante dois anos, a equipe competiu e obteve poucas vitórias. Mas, segundo Hirama, os relatos eram de que os atletas aprendiam mais com as derrotas do que com as vitórias. “Ficou claro a importância da continuidade nas atividades, pois além da participação em competições, muitos ajudavam em outros projetos como monitores”, revelou. Para complementar o estudo, Hirama também entrevistou um grupo de moradores que tiveram envolvimento com o projeto sócio-educativo.
Ele colheu depoimentos de pais, educadores e dos atletas para reafirmar a sua tese de que a realidade em que a criança e adolescente está inserida é um fator fundamental para o desenvolvimento das atividades esportivas. “Para implementar uma proposta esportiva é necessário compreender a realidade e traçar o panorama da comunidade”, esclarece. O estudo de caso de Heliópolis, segundo Hirama, orienta para reflexões sobre estruturas de projetos sociais para áreas periféricas.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Influencia da tecnologia na atividade fisica

A tecnologia tem avançando numa velocidade assombrosa nas últimas décadas. Este avanço nos permitiu viver uma vida de extremo conforto, mas com poucas horas dedicadas a prática de atividade física e lazer.
Este quadro, quando associado ao estresse e hábitos alimentares inadequados, provoca uma séria ameaça ao nosso estado de saúde, bem estar e qualidade de vida.
Estudos recentes confirmaram definitivamente que a inatividade física é um fator de risco dominante para o aparecimento de uma série de doenças, estando no mesmo nível ou acima de fatores como o fumo, obesidade, pressão arterial e colesterol elevados.
A qualidade de vida envolve abordagens multifatoriais mas, no âmbito da atividade física, ela está diretamente ligada com a saúde, combate ao estresse e com a habilidade de executar atividades do dia a dia e horas de lazer com mais conforto, prazer, segurança e menor risco de lesões.
Um programa de exercícios voltado para melhora da qualidade de vida não deve enfocar apenas a prática de atividades físicas, mas incentivar a mudança do estilo de vida de seus participantes quanto aos hábitos alimentares e valorização das horas de lazer. Os benefícios fisiológicos e psicológicos do programa auxiliarão também seus participantes a alcançar um balanço físico e mental ideal para o desempenho das atividades sociais e de trabalho.
Quando a atividade física fizer parte integral do nossos hábitos de vida, tivermos um nível de aptidão para realizar as atividades que quisermos sem esforço exagerado, nossa alimentação for um prazer para saúde (maior que uma obsessão diária no seu controle) e formos capazes de dominar o estresse sem ser dominado por ele, teremos com certeza melhorado nossa qualidade de vida .

quarta-feira, 11 de maio de 2011



 Nada pior para um corredor do que ter de enfrentar as temíveis lesões musculares. Das mais leves às mais graves, todas são capazes de tirar o ânimo dos atletas, sejam eles amadores ou profissionais. O conforto, no entanto, é que elas são curáveis – algumas até que são bem passageiras – e ainda há como preveni-las. Para isso, cuidados com a alimentação e com a hidratação, além de um planejamento de treino e a prática dos alongamentos, são
algumas medidas que podem evitar esse tormento.

- Para se precaver de uma lesão muscular, o corredor não deve exceder a capacidade fisiológica do músculo e precisa realizar um determinado exercício para o qual esteja apto. Cada atleta deve ter o seu treinamento individualizado. Alongamento, fortalecimento e ganho muscular também são fundamentais para essa prevenção – afirma o médico do esporte Marcos Henrique Ferreira, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).
Se o alongamento deve ser feito antes ou depois do exercício ainda é um ponto controverso. Segundo Marcos, a musculatura deve estar alongada antes da atividade, mas os movimentos devem ser leves, apenas para elevar a temperatura corporal e fazer com que o músculo não esteja contraído na hora da corrida. Depois é que devem ser feitos os alongamentos mais intensos para que não haja uma contratura muscular.
Categorias de lesões musculares
Segundo o médico, as lesões são divididas em três categorias: leve, moderada e grave. Na primeira delas, a função do músculo não é muito afetada, e o indivíduo pode levar até 10 dias para se recuperar. Já na moderada existe a formação de um hematoma e o comprometimento parcial da região. Nesta situação, o tempo de tratamento gira em torno de três a quatro semanas. No caso de maior gravidade, a região é bastante afetada, e a recuperação pode chegar a dez semanas.



- Didaticamente falando, as lesões musculares podem ser divididas em funcionais, como as cãibras, por exemplo, e as anatômicas, como as contusões, que sofrem uma ação do exterior ou um trauma direto no músculo, formando assim um edema. Entre as anatômicas, há também as rupturas musculares, que ocorrem geralmente sem que ocorra uma pancada. Por exemplo, quando o atleta interrompe bruscamente o movimento, causando a contração muscular excêntrica.
As precauções tomadas pelos atletas não devem se limitar aos cuidados com treinamentos e alongamentos. De acordo com diversos especialistas, as lesões podem ser evitadas com uma boa alimentação. De acordo com a nutricionista Cristiane Perroni, é importante ter, além do fortalecimento muscular, uma dieta equilibrada, aliada ao uso de suplementos de produtos à base de proteínas do leite, como o Whey Protein.
- Como os aminoácidos fazem a regeneração celular, alimentos como carne, frango, queijo, leite são fontes protéicas que ajudam na prevenção de lesões. O Whey Protein, por exemplo, é um bom complemento, mas não deve substituir o alimento. O ideal é ingerir 25 gramas desse produto até duas horas após a atividade física, quando o corpo vai absorver melhor. Além disso, o Whey Protein é bom, porque tem baixo valor calórico, cerca de 100 calorias.
Apesar de ser importante, a ingestão de proteínas deve se limitar a cerca de 20%, enquanto os carboidratos devem predominar em 50% da dieta diária do corredor, afirma a nutricionista. Além disso, o cuidado com a hidratação também deve receber uma atenção especial.








Educação Física e Virtudes Morais.